Filmes que não botei fé #2 - Papisa Joana

8/29/2014

Oi aqui é a Cynthia, como vão vocês? 
Neste segundo post da série, escolhi um certo filme polêmico: A papisa Joana (Die Päpstin). Sim, é um drama que envolve a igreja católica e toda sua tradição. Dissemos que não ficaríamos somente nas comédias românticas e coisas felizes, então aqui está!
O filme é muito bom por sinal, e bem, a sinopse não é lá grandes coisas, mas ficamos intrigadas a ver.
Já faz um tempo que vimos, então não sei se conseguirei dar todos os detalhes que este filme merece, se não me engano estávamos procurando filmes para ver e era bem de madrugada já, agora não sei em qual sessão estava, mas a sinopse dizia: "Uma mulher inglesa se disfarça de homem, ascendendo a cargos profissionais cada vez mais importantes até, finalmente, se tornar Papa."

Aí eu me perguntei, mas como assim ela se disfarça de homem e ninguém desconfia de sua identidade durante tanto tempo e como assim ela se torna Papa? Porque até assistir, eu não sabia em que época a história se passava. Depois de começar, tudo fez sentido, mas não vou estragar o filme. Assistam que vale muito a pena. Mas vejam com a mente aberta, é um conselho meu. Depois eu entro em detalhes do porquê disto.

O filme é de 2009 e é baseado em um livro da escritora americana, Donna Woolfolk Cross. Baseado na suposta existência de uma mulher que conseguiu assumir o maior cargo de poder da igreja católica, o papado. 

A história se passa no século IX, período conhecido como Idade das Trevas. Não existiam ainda os países europeus modernos e o Sacro Império Romano estava em decadência, havia a Peste, guerras civis e invasões. 

A mulher, nesta época, era proibida de se alfabetizar e era limitada aos afazeres domésticos e procriação. As mulheres letradas eram consideradas uma aberração e também uma ameaça, não tinham direitos legais e nem direito a propriedade. A lei ainda permitia que seus maridos batessem nelas e o estupro era algo considerável. 

O filme conta a história de Joana, uma menina brilhante, nascida numa família comandada por um pai extremamente religioso, que tinha como sonho, seus dois filhos homens frequentando a escola da igreja. Mas Joana, mais que seus irmãos, se mostra mais que preparada para assumir este compromisso. 
No decorrer da história ela entende que para conquistar um espaço na sociedade ela precisaria ser homem.

Não quero contar mais sobre o filme porque senão vou ficar horas e horas escrevendo. Achei o filme muito interessante, gosto dessas "teorias conspiratórias" e sou muito aberta a novas vertentes.

Sobre o que disse anteriormente de assistir com a mente aberta, é porque li várias críticas sobre o filme para escrever este post e me entristece muito ler certas coisas dizendo que o filme é herege, contra a igreja, um absurdo...que nunca seria possível a existência de uma mulher no comando da igreja..etc etc. Ninguém está forçando ninguém a acreditar ou mudar o que acredita. Se é verdade ou não, isto é um mistério até hoje e acredito que sempre será. 

Alguns dizem que existe mesmo um vão na história do Vaticano, uma lacuna nos registros e que há possibilidade de uma história ter sido apagada, escondida. Mas uma coisa é certa, neste filme para mim, o que ficou mais marcado foram as ações da Joana em toda sua vida. 

Eu tenho a impressão de que, as pessoas que fazem esse tipo de comentário, nem tentaram ver o filme até o final, e se viram, nem tentaram extrair algo de bom dele. Porque não foi só uma mulher chegando no mais alto posto do clero, mas sim o que ela fez para chegar la. Em todos os momentos do filme, ela sempre demonstra amor, compaixão e faz de tudo para ajudar ao próximo. E eu acho que isso anda se perdendo na sociedade, esse amor e ajuda ao próximo. Mais que um filme, as ações da Papisa Joana são de fato, inspiradoras.

Espero que tenham gostado do post, em breve mais filmes diferentes e talvez polêmicos...

Até mais
Veja também o InstagramFacebook Youtube!

You Might Also Like

0 comentários